Essure

Contraceptivo Essure, mulheres relatam efeitos colaterais: Codacons apresenta exposição

Contraceptivo Essure, mulheres relatam efeitos colaterais: Codacons apresenta exposição

A Codacons apresentou uma queixa ao promotor público de Roma sobre os supostos efeitos colaterais do dispositivo Essure, um sistema contraceptivo permanente já retirado do mercado (por razões comerciais) pela Bayer no ano passado. A associação de consumidores fornecerá assistência médico-legal às mulheres que realizaram o implante.

Já retirado do mercado, o contraceptivo permanente "Essure" chegou aos olhos de Codacons, que apresentou uma queixa ao Ministério Público em Roma e se disponibilizou para prestar assistência médico-legal às mulheres italianas que o implantaram. Estima-se que existam 7 no total. A ação da associação de consumidores é apenas a última peça de uma controvérsia e iniciativas que literalmente investiram o dispositivo produzido pela Conceptus Inc., uma subsidiária da gigante farmacêutica Bayer.

O Essure, aprovado em 2002 na Europa e nos Estados Unidos, após estudos científicos que certificaram sua segurança, é um sistema de contracepção feminina minimamente invasivo e permanente, projetado como uma alternativa a intervenções cirúrgicas com o mesmo objetivo (como ligadura das trompas de falópio sob anestesia). Estes são dois pequenos dispositivos em aço inoxidável e liga de níquel e titânio que são inseridos nos tubos através de um cateter que passa pela vagina (portanto, sem incisões abdominais). Uma vez posicionados, induzem a inflamação do tecido circundante que engrossa, obstruindo o lúmen dos tubos, impedindo efetivamente a possibilidade de engravidar. Na prática, os espermatozóides são impedidos de atingir o óvulo.

Conforme indicado, a segurança do dispositivo foi apoiada por investigações científicas que convenceram a FDA (American Food and Drug Administration) e as autoridades européias a autorizar sua comercialização. No entanto, algumas investigações subseqüentes e as queixas de muitas mulheres que realizaram o implante fizeram o Essure terminar em uma verdadeira tempestade de controvérsias. Basta pensar que em 2017 o Ministério da Saúde ordenou sua retirada em todo o território nacional. No mesmo ano, a Bayer decidiu retirá-lo do mercado europeu por razões comerciais, uma decisão também estendida aos Estados Unidos no verão de 2018 (estará operacional no final do ano). Na prática, o Essure não está mais disponível, mas, sendo um tratamento permanente, centenas de milhares de mulheres o implantam há cerca de 20 anos.

Uma pesquisa de 2015 publicada no British Medical Journal, autoritário, revelou que o Essure apresentaria um risco 10 vezes maior de levar a uma segunda intervenção (cirúrgica) em comparação com aqueles submetidos a procedimentos de esterilização laparoscópica. Não é por acaso que muitas mulheres reunidas em grupos, blogs e sites do Facebook (como o gerenciado por Erin Brockovich nos EUA) relatam efeitos colaterais sérios, como perfuração dos tubos e dores de pitching, o que os forçou a sofrer uma nova cirurgia para remover o Essure. Sem mencionar as queixas sobre efeitos "menores", como náusea, dor nas articulações, tontura, perda e até várias gestações indesejadas, que seriam mais altas do que o esperado pelas estatísticas. Em um estudo de 2009, o professor Roger D. Smith, do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Universidade de Michigan, encontrou um risco de 11% de falha do dispositivo. Conforme indicado, a Bayer disse que retirou seu dispositivo do mercado por razões puramente comerciais, mas existem possíveis ações coletivas no horizonte por mulheres que alegam ter sofrido danos. Os italianos agora têm um aliado muito valioso nos Codacons.


fonte:

Corvela

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